sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Entrevista para o Portal Literal

Entrevista ao Portal Literal


Minibio, resumindo suas atividades em poesia e fora dela.


Nasci em 1977, e ainda não morri. Estreei com o livro "Carta aos anfíbios", publicado pela editora Bem-Te-Vi do Rio de Janeiro, em 2005. Antes disso, publicara um único poema no número 4 da revista Cacto. A partir da estréia, colaborei com poemas e ensaios em revistas impressas como Inimigo Rumor, Ciência e Cultura, Entretanto e a virtual Germina. Edito, ainda, a revista eletrônica Hilda


http://hildamagazine.net


e fui editor e um dos fundadores do site Flasher


http://www.flasher.com/


Em Berlim, onde vivo, sou co-fundador do coletivo Kute Bash, que manifesta-se de várias maneiras: organizando um evento e festa semanal, todas as quartas-feiras, com performances de artistas e músicos como, entre outros no passado, Kevin Blechdom, Angie Reed e Mount Sims (EUA), Planningtorock (Inglaterra), Tetine (Brasil), Hanayo (Japão), Hellvar (Islândia), Bruce LaBruce (Canadá), T.Raumschmiere e Apparat (Alemanha), além de ser um dos DJs residentes (DJ Kate Boss); especificamente com Oliver Krueger e Philipp Sapp, dirijo a gravadora Kute Bash Records,


http://www.myspace.com/kutebashrecords


em que lançamos o álbum L.I.C.K. My Favela, da dupla Tetine, e, sozinho, comecei o editorial independente Kute Bash Books.

Estou nas antologias "Cuatro Poetas Recientes del Brasil" (Buenos Aires: Black & Vermelho, 2006) e "Überland und Leuchtende Städte, 12 Dichterinnen und Dichter aus Lateinamerika" (Berlin: SuKulTur, 2006), além do "dossiê dos novíssimos", editado por Carlito Azevedo na revista Inimigo Rumor 18. Meus trabalhos em vídeo têm sido exibidos em instituições culturais como o Instituto Cervantes, o Muffathalle http://www.muffathalle.de/,

clubes noturnos europeus, e na televisão brasileira, além de sites como o do coletivo espanhol El Águila Ediciones


http://elaguilaediciones.wordpress.com/


Apresentei meu trabalho como poeta/videasta/DJ em cidades como Berlim, Munique e Hamburgo, na Alemanha, e ainda Londres, Antuérpia, Roterdã, Copenhague. Ganho a vida, no momento, com meu trabalho como DJ.



Como/quando começou a escrever poesia? O que motivou? Algum evento/fator crucial?


Descobri poemas em manuais de literatura brasileira, na casa dos meus pais, ainda adolescente. Lia e relia os mesmos poucos poemas que se repetem exaustivamente nestes livros escolares, de Álvares de Azevedo, Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos, Manuel Bandeira. Comecei a escrever poemas e contos por volta desta época, aos 12, 13 anos. Ganhei uma bolsa de estudos e, com 17 anos, mudei-me para os Estados Unidos, onde minha professora de literatura, uma mulher genial chamada Pamela Peak, passou-me livros de Thoreau, Whitman, Dickinson, Emerson. Quando voltei ao Brasil, passei a devorar livros de poetas.


Por quê você escreve poesia? Existe um motivo?


Como exponho em meu vídeo "Garganta com texto", exibido na TV Cultura no ano passado, eu acredito que a poesia ainda tem uma função específica no cenário contemporâneo, papel que não pode ser exercido pela prosa, que tem ferramentas muito distintas. Por este motivo, ainda escrevo poesia.


Como é o seu processo de trabalho?


Meu processo de trabalho é grande parte do que ofereço como produto neste livro a cadela sem Logos.


Como você vê a atividade poética no Brasil?


A produção é intensa, há boas editoras interessadas no trabalho de poetas mais jovens, mas os critérios para a seleção de livros ainda são determinados por fatores de mercado e de moda literária, e há poetas bons que têm dificuldades de publicação. Citaria o exemplo de um livro como o "Icterofagia", do Dirceu Villa, que segue inédito. Mas eu sinto que a "cena" da poesia no Brasil está caminhando, eu espero, para uma postura mais saudável e adulta, com possibilidades de debate público abrindo-se, aos poucos. Por que este debate é necessário? Porque a escolha de uma "forma" tem implicações muito mais sérias que, simplesmente, quanta tinta e quanto papel uma editora terá que gastar com um livro de poesia; tenho tentado, com meu trabalho crítico, demonstrar que as escolhas estéticas (éticas) de um poeta vão além de questões de gosto pessoal: ele utiliza o bem comum de uma sociedade, a linguagem. Trata-se de um trabalho de imensa responsabilidade, que tem repercussões amplas, ainda que a longo prazo, apesar da aparente falta de atenção ao trabalho do poeta na sociedade contemporânea. Quando critico o trabalho de outro poeta, não é porque eu creia que seus poemas ficariam mais "bonitinhos" ou "poéticos" ou "melhores", se escritos de outra forma. Trata-se de tomar com responsabilidade o trabalho poético e saber que um poeta não DIZ, ele FAZ, através de propriedade pública: a língua, e estas ações têm implicações ético-estéticas, políticas, sociais, culturais, filosóficas, até econômicas. Acredite: para quem se entrega ao trabalho poético com estas exigências, impostas a si mesmo, é incrivelmente irritante perceber que, para muita gente, poetas ou não, escreve-se poesia apenas para se "expressar" ou porque é mais "fácil" que prosa, já que é "mais curto." Quem estiver interessado em "expressar-se", sugiro que guarde os poemas na gaveta. Quem publica, ou divulga seus trabalhos pela internet, entra num jogo de linguagem com toda a comunidade com a qual divide a língua.


Mas, caminha-se. O engessamento crítico em torno de parâmetros obsoletos, que circulavam no país há décadas, a partir do discurso poético sobre a obra de Cabral e Noigandres (insisto: baseados mais no discurso SOBRE as obras destes autores fundamentais, que em sua poesia em si) após gerar alguns livros de poesia muito competentes, mas esterilizados demais, está começando a cair. Aquilo que Marcos Siscar chamou de "crise de critérios" passou a surgir com força, algo muito saudável, perturbando as receitas miojo de poesia: os ingredientes abstratos de concisão, economia, concretude, que passaram a ser diluídos a partir de Cabral e Noigandres, dando-nos apenas poemas descritivos de paisagens e cenas exteriores, que os poetas não percebiam que eram extremamente subjetivas em suas perspectivas monolíticas, partindo de uma voz única: a do poeta, que se queria autoridade organizadora da realidade coletiva. Além de muitos poemas que se querem elípticos, mas escorregam no mero "inarticulate". Não se trata de estabelecer se esta crise de critérios é algo do nosso tempo ou se sempre estivera entre os poetas, mas de perceber que esta "crise de critérios" pode ser saudável, é saudável, é o estado atual das coisas: não há receitas, não há manuais, o poeta é obrigado a fazer escolhas. Ainda há poetas discursando sobre a própria obra a partir destes axiomas (enchem a boca para dizerem de si mesmos que são concisos e econômicos, como se apenas isso garantisse a validade do papel que gastam), mas os poetas mais interessantes da última década passaram a questionar este manual de instrução de "Como escrever um poema de qualidade para agradar os que assistiram dois documentários e meio sobre a obra de João Cabral de Melo Neto e leram cerca de 17 resenhas sobre poesia na década de 90".


É claro que há sempre o outro lado da moeda, de poetas que vêm propondo como alternativa o que vejo como saque descontextualizado de poetas como Paul Celan ou Herberto Helder, por exemplo. O caso de Celan é o mais gritante pois, na maioria dos casos, são poetas que não falam alemão, desconhecem por completo o contexto cultural em que a obra de Celan se insere, conhecem a sua obra por traduções, que os levam a confundir as AÇÕES LINGÜÍSTICAS do poeta romeno por meras metáforas, praticando o abuso desonesto da aura de autoridade do poeta, sobrevivente do Holocausto, sugando do Holocausto (!!!) o ar de "beleza terrível" e "sublime transcendente" que eles querem enfiar em seus poemas a qualquer custo. É imoral. Exploração do contexto cultural de um acontecimento histórico como o Holocausto, para preencher o formulário estilístico do trans-histórico e incondicionado (!!!). Não sei se me faço compreender, em como vejo esta questão e por que ela simplesmente me transtorna. A relação destes poetas com Celan parece-me similar à relação da geração de 45 com Rilke: usam estes poetas para resgatar a aura perdida de autoridade da poesia, em busca do sublime, tentando recriar a hierarquia entre poeta e leitor, recusando o trabalho das vanguardas modernistas que trabalharam contra o sublime, contra vícios simbolistas e formalistas, como o César Vallejo de "Trilce", o Oswald de Andrade do "Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade", o William Carlos Williams de "Spring and all", o Nicanor Parra dos "Poemas y Antipoemas", o Hans Arp de "Die Wolkenpumpe". O que nos leva a uma questão bastante interessante: apesar de tentarem vender um discurso de experimentalismo, quando se analisa


I- a ojeriza destes poetas ao que eles chamam de "diluição de Drummond", ou certa poesia do cotidiano que se tornou hegemônica em certos círculos poéticos (à qual nao me subscrevo), devido à forma como se desenvolveu nosso modernismo, unida


II- à escolha dos poetas que votaram para o seu paideuma dos deputados, e a defesa que fazem de uma "linguagem pura", que se "eleve" acima da realidade "aviltante" (ainda há gente gritando "Waste Land! Waste Land!", a esta altura do campeonato), que pratique o incondicionado poético,


percebemos que isto pode denunciar uma recusa, na verdade, da própria linhagem modernista que instituiu como parâmetros o anti-lírico, o não-elevado, que eram praticados por certos modernistas, não à guisa de originalidade, como estes poetas de paulcelana crêem, dizendo que na época de Bandeira isso era "novo" e, em sua lógica confusa, conseqüentemente "aceitável" (num tom não muito elogioso, pois detestam, na verdade, os efeitos anti-sublimes desta linhagem do modernismo), para usar isto como razão (num jogo de causas e conseqüências fictício) para defenderem seus trabalhos baseados em elefantíase semântica, saque da aura de autoridade de poetas do passado e de outras línguas, em sua busca obsessiva pelo sublime, parâmetros que, se seguidos em suas implicações ético-éstéticas, mostram-nos como estes poetas (defensores auto-proclamados do experimentalismo) são reacionários, beirando o neo-simbolismo, se algum "neo" se lhes há-de impingir. Mesmo quando eles permitem que "objetos do cotidiano" invadam sua poesia, trata-se de signos claramente marcados, com a função de elevar ainda mais os exóticos símbolos pululando pelos livros. Não há borrar de dicotomias em seus trabalhos, no Brasil, pois sua poética usa estas dicotomias como muletas.


Existe muita gente querendo ser "artista". Acho ótima a conotação que o substantivo adquiriu no Brasil Global, pois artista é realmente gente querendo agarrar-se ainda a certos privilégios. Bom proveito, eu digo, já que defendo que, após o Rimbaud das "Illuminations", o trabalho dos dadaístas de Zurique e Berlim (realmente iconoclastas, se comparados aos trabalhos para calendários de serralheria de muitos surrealistas), o Marcel Duchamp/Rrose Sélavy da "Fonte" e do "Grande Vidro", além de gente (vários deles foram poetas-performers) como Dieter Roth, Patti Smith, John Cage, Joseph Beuys, Vito Acconci, Lygia Clark, Louise Borgeois - nós não precisamos de artistas, mas de interventores culturais, como eles.


Que nomes do cenário contemporâneo brasileiro você destacaria? E com quem se afina?


Já escrevi sobre o trabalho de Angélica Freitas, sobre como sua relação anti-autoritária e não-fetichista com a tradição é um antídoto à poesia bem-comportada e de bom gosto de muitos poetas brasileiros, que não "fazem referência" à tradição, mas, sim, reverência, e tentam, na verdade, saquear-lhe a aura de autoridade. Sua poesia trabalha com vários critérios de escrita, critérios literários que satisfazem mesmo os críticos em busca do "trabalho formal", e ainda funciona na saúde bárbara oralizável, que apenas se encontra em poetas como Christian Morgenstern, Hans Arp e outros dadaístas, HC Artmann e Gerhard Rühm, do Grupo de Viena, Susana Thénon, Adília Lopes. Não se trata de "poesia marginal", ainda que eu tema que muitos serão tentados a enfiar-lhe a obra nesta estante. Não em seus melhores poemas. Poemas como a série "O que é um baibai?" não têm muitos paralelos na poesia do Brasil; fazem-me pensar no "Die Schwalbenhode" de Arp, nas "Galgenlieder" de Morgenstern, na série de "Landschaften" de Artmann, na "Ova Completa" de Thénon, no "Op-Art" de Lopes. Dona Freitas, esta poeta que presenciei comunicando-se com outros poetas, em Buenos Aires, em espanhol, inglês e alemão.


Em Marília Garcia, o estilhaçar e indeterminação da voz poética estão em compasso com o contexto cultural do mundo, porém não como apenas outro diagnóstico histérico de "Waste Land", abandonando a perspectiva monolítica dos poetas viciados em axiomas como objetividade e secura, (cf. seu poema "Classificação da secura"), mas, sim, tomando pelo cabelo e às unhas a crise da representação, em poemas que não são mais véus de um mundo representável, como em muitos poemas cotidianos e lineares das últimas décadas, e que também não se entregam à ilusão ingênua de objetividade ao concentrarem-se em substantivos concretos, como dos poetas regurgitando Cabral. Ela sabe que substantivos concretos não garantem objetividade. E o mais excitante é que este próprio estilhaçar e indeterminação da voz poética, em Marília Garcia, parecem capazes de aproximar-nos muito mais de uma sobrevivência da subjetividade no mundo de hoje. A Marília Garcia e Angélica Freitas eu vejo como kindred spirits meus, e não se trata de adesão cega e incondicional às obras uns dos outros, mas de certas preocupações irmanadas.


Diferentes em algumas de nossas escolhas, concordando e discordando, mantenho um diálogo muito estimulante com Dirceu Villa e Fabiano Calixto, a quem eu ainda juntaria Diego Vinhas, como poetas que têm conseguido dar respostas diferentes, mas que eu respeito, e considero importantes, às necessidades da poesia do nosso momento. São poetas abertos ao debate. Tenho respeito pelo trabalho de Fabrício Corsaletti, Pádua Fernandes e Juliana Krapp, que nem publicou livro ainda, tendo tido acesso à sua poesia pela internet, para voltar à questão anterior.


Entre os mais velhos, Carlito Azevedo, por ser um poeta que, apesar de agregar em si certos elementos de que discordo na produção da geração anterior à minha, foi um dos poucos poetas de sua geração capazes de produzir em sua obra os caminhos e saídas para estas mesmas questões, apontando para caminhos novos que minha geração retoma, em poemas, por exemplo, como "Do livro de viagens", que abrem caminhos críticos, ou nos seus "versos de circunstância", como todo bom verso é de circunstância; gosto muito do trabalho de Marcos Siscar; mesmo que tendo reservas, de algumas coisas de Cláudia Roquette-Pinto, a única que parece ter conseguido assimilar Celan em um nível aceitável de coerência e honestidade; de Josely Vianna Baptista, quando ela está praticando aquela poesia em que demonstra estar entre os poucos que assimilaram, como Lenora de Barros, de forma interessante o legado de Noigandres, ainda que ela tenha se entregado a outras linhagens que não me interessam; nas décadas anteriores, Ronaldo Brito, Torquato Neto, Paulo Leminski, Régis Bonvicino, o Glauco Mattoso do "Jornal Dobrabil", o Duda Machado de antes da década de 90, o Roberto Piva de "Piazzas" e "Abra a boca e diga ah!", Orides Fontela, que poderia ensinar muita coisa sobre concisão aos poetas que tanto prezam o de curto-fôlego. Não estou criando paideuma, nem elegendo os novos senadores do cânone. São apenas poetas que me estimulam, ou que respeito. Não poderia deixar de mencionar os portugueses Alberto Pimenta, Fernando Assis Pacheco e Adília Lopes.



E fora dele? Você se corresponde com poetas de outros países?


Tenho mantido um diálogo com poetas argentinos como Cristian De Nápoli, que traduziu poemas meus ao castelhano, e Lucía Bianco, poetas com quem tenho colaborado e a quem tenho também traduzido, além de Silvana Franzetti, que trabalha com vídeo, poetas que conheci em Buenos Aires, ao participar do festival Salida Al Mar, onde conheci ainda o genial Mario Ortiz. A Argentina, do grande Oliverio Girondo e do grande Sergio Raimondi.



No Chile, esparsamente, mas sempre com respeito e admiração por Sergio Parra e Yanko Gonzáles, fiéis poetas ao trabalho que tem em Nicanor Parra uma fonte ainda viva, desta outra tradição que certos poetas brasileiros tentam esmagar a qualquer custo, além de Victor López e Christian Aedo Jorquera.


Da Espanha, mas vivendo entre Viena e Berlim, a poeta madrilenha Sandra Santana.


Tive acesso, pela rede, há pouco tempo, a documentações em vídeo de performances do jovem poeta belga Damien Spleeters, com quem passei a dialogar, além de manter contato, em Berlim, com Odile Kennel (minha tradutora para o alemão) e Timo Berger. Estou começando a traduzir poetas alemães mais jovens, como Barbara Köhler e Daniel Falb, creio que daí sairão mais debates.


Como/quando começou a publicar? A Internet ajudou na divulgação da sua poesia? Você divulga a própria poesia?


Eu acredito no poder democrático de divulgação da internet. Sem dinheiro para comprar livros, um poeta pobre e jovem tem acesso a muita coisa, primeiramente, pela internet também. Poetas contemporâneos de outros países, por exemplo, só chegam a nós pela rede. Tenho defendido o resgate da poesia pela oralidade, após o seqüestro e possessão que ela sofreu pela escrita, que não deve, nem quero que seja abolida, mas que gerou vícios que afastaram a poesia de sua vocação inicial, negando-lhe caminhos perfeitamente legítimos. Por isso, tenho dado muita atenção a leituras de poetas, e mantenho meu perfil de "música", como poeta, na internet:


http://www.myspace.com/ricardodomeneck


e permito que alguns dos meus vídeos possam ser acessados pelo YouTube


http://youtube.com/ricardodomeneck


Agora sobre o livro: eu queria que você me dissesse como foi o processo de escolha dos poemas. Se há um tema ou são antologias.


"a cadela sem Logos" reúne 3 seqüências longas. Foram iniciadas no começo de 2004 e as dei por terminadas em 2006, ainda que tenha feito alterações mesmo nas provas da editora, logo antes de irem para a gráfica. As três seqüências estão reunidas neste volume por serem AÇÕES LINGÜÍSTICAS irmanadas. Pertencem ao mesmo ciclo obsessivo de preocupações, e espero que sua metralhada de recusas seja aparente.

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