sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Das canções favoritas: "Jesus was a cross maker", de Judee Sill

Judee Sill foi uma poeta lírica, ou, como eu deveria dizer para ser melhor compreendido, uma songwriter, cantautora norte-americana, nascida em Oakland, Califórnia, em 1944. Em vida lançou apenas dois álbuns, seu album epônimo de estreia em 1971, e no ano seguinte Heart Food, antes de morrer em decorrência de uma overdose em 1979. Em 2005, foi lançado um álbum duplo com canções inéditas, chamado Dreams Come True. Judee Sill é um dos nomes injustamente pouco conhecidos do folk norte-americano.





"Jesus was a cross maker" mostra sua escrita sofisticada e mística, e é talvez sua canção mais conhecida, interpretada por outros luminares daquela década, como Mama Cass.

Jesus was a cross maker
Judee Sill

Sweet silver angels over the sea
Please come down flyin' low for me
One time I trusted a stranger
Cuz I heard his sweet song
And it was gently enticin' me
Tho there was somethin' wrong,
But when I turned he was gone.

Blindin' me, his song remains remindin' me,
He's a bandit and a heart breaker,
Oh, but Jesus was a cross maker.

Sweet silver angels over the sea
Please come down flyin' low for me

He wages war with the devil
A pistol by his side
And tho he chases him out windows
And won't give him a place to hide,
He keeps his door open wide

Fightin' him he lights a lamp invitin' him,
He's a bandit and a heart breaker,
Oh, but Jesus was a cross maker

Sweet silver angels over the sea
Please come down flyin' low for me

I heard the thunder come rumblin'
The light never looked so dim
I see the junction git nearer'
And danger is in the wind
And either road's lookin' grim

Hidin' me, I flee, desire dividin' me,
He's a bandit and a heart breaker.
Oh, but Jesus was a cross maker
Yes, Jesus was a cross maker




"Jesus was a cross maker", interpretada por Mama Cass (1972).


No vídeo abaixo, podemos ver/ouvir Judee Sill interpretando a canção "The Kiss" em Londres, em 1973.



Recentemente, a excelente banda norte-americana Fleet Foxes, de Seattle, e também às vezes agrupada, como Judee Sill, sob o divertido gênero do baroque pop, tem interpretado sua canção "Crayon Angels" em apresentações ao vivo.

Robin Pecknold, o poeta lírico/songwriter à frente da banda Fleet Foxes, interpretando a canção "Crayon Angels", de Judee Sill (1944 - 1979)

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2 comentários:

Guilherme Semionato disse...

acabei de ler seus poemas publicados na ed. #1 do 'modo de usar & co.'. gostei bastante deles, mas não mais que ver judee sill aí. gosto imensamente dela.

minha favorita é essa que v. mencionou por último, 'crayon angels'. vale muito a pena ouvir o 'abracadabra', disco que contém não apenas o self-titled e o heart food, mas também diversas versões ao vivo/demos. o demo de 'the kiss' e as faixas ao vivo de 'crossmaker', 'crayon', 'lady-o', 'archetypal man' etc. são inacreditáveis. cate esse álbum agora.

na 'linha' judee, escutei pela 1a vez semana passada o 'colour green', da sibylle baier, gravado nos anos 70 e lançado em 2006 - e gostei bastante. tem também kate wolf, que é mais do que sublime (artista californiana, meados dos anos 70-meados dos 80).

não sei se fará seu estilo, mas minha cantora favorita de todas é a lucinda williams. você PRECISA dela. fiz uma coletânea com 35 faixas pruns amigos a conhecerem, se te interessar, fala e eu passo o link.

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quanto a suas poesias, vou ler as que v. postou aqui outra hora. das 4, minha favorita é 'mula'.

até.

Ricardo Domeneck disse...

Caro Guilherme,
que legal que você gostou do Mula. Talvez seja uma das poucas coisas minimamente apresentáveis que fiz. Você conhece a peça vocal que o Tetine fez com aquele poema? Se você tiver um segundo, dê uma olhada, ficou muito legal:

http://www.youtube.com/watch?v=uqEN3CDQtO8

Kate Wolf é mesmo sublime. Que voz era aquela, meu Deus? Outra morte prematura. Preciso escutar com mais calma a Lucinda Williams. Acho que só conheço uma versão dela para "Drunken angel". Vou escutar a mulher com calma esta semana. Me passa o link da tua coletânea, please.

Agora, preciso agradecer você mesmo por me falar de Sibylle Baier. Nunca tinha ouvido falar dela... ouvi as canções do "Colour Green" no Youtube esta tarde. Maravilhosa!

abraço

Ricardo

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