domingo, 25 de dezembro de 2011

Postagem natalina, com poemas, canções e súplica por meio de sinédoques

Michelangelo da Caravaggio, La cena in Emmaus, 1601-02. Dimensões: 195 x 139 cm).
Atualmente na Galeria Nacional de Londres.

Crescendo num ambiente dos mais religiosos, quisera eu poder dizer que acompanho a poética do meu mestre Murilo Mendes, ou a de seus companheiros Jorge de Lima e Henriqueta Lisboa. Minha relação com esta religiosidade é, no entanto, muito mais conflituosa e atormentada, aparentando-se e encontrando maior guarida no trabalho de Pier Paolo Pasolini e Hilda Hilst. Mas esta manhã acordei pensando num dos poemas de Murilo Mendes que mais amo, chamado "Emaús", incluído no livro Mundo Enigma (1942), escrito durante os meses em que o poeta mineiro passou no Sanatório de Correia, em Minas Gerais, tratando-se da tuberculose. É um dos meus livros favoritos na obra de M.M., contendo outros poemas belíssimos como "Tobias e o anjo", "A noite em 1942" e "Poema barroco". O título faz referência à cidade de Emaús, a cerca de 10 quilômetros de Jerusalém, onde o Evangelho de Lucas (24, 13-35) afirma ter aparecido Jesus após a ressurreição diante de dois de seus discípulos, que não o reconheceram até o momento em que, tendo-o convidado a cear consigo, Jesus parte o pão à sua maneira inconfundível e desaparece quando os olhos dos discípulos abrem-se e eles o reconhecem. O evento tem grande importância para o pensamento místico de Murilo Mendes, que intitularia seu belo livro de aforismos O Discípulo de Emaús (1944).Parece-me ser em Mundo Enigma que se inaugura a secura-pobreza na poética de Murilo Mendes, durante a Segunda Guerra e quase uma década após sua conversão ao cristianismo, como se costuma relatar, na experiência traumática que lhe foi a morte de seu amigo Ismael Nery em 1934. O coroamento desta secura, distinta em sua est-É-tica daquela que se tornou famosa na obra de João Cabral de Melo Neto, viria no poema "Janela do caos", escrito também naqueles anos. Abaixo, o belo "Emaús":

Emaús

Sempre és o hóspede – nunca és o rei.
Muito mais derrotado que vitorioso.
Quando chegas e bates ao meu coração
Eu não te reconheço – há luz demais –
Debruço-me sobre as gravuras do caminho.
Quando te afastas - acompanhado pelo peixe azul –
Quando as formas se movem como num aquário,
Então eu levanto enternecido a lanterna
E logo começo a desejar que voltes,
Fascinado pela tua obscuridade.


Murilo Mendes, Mundo Enigma (1942)


Trata-se de um dos mais delicados poemas de amor místico da Poesia Brasileira. É esta humilitas, esta meekness ovina reconhecida por Murilo Mendes no Cristo que parece estar na base de sua busca est-É-tica, nestes anos, por uma simplicidade maior se comparada à exuberância mesmo sálmica de seus primeiros livros, distante também do satírico e paródico que marcara sua primeira produção. Há no entanto mesmo em Murilo Mendes um grande conflito, talvez o mesmo que tenha acometido todos os intelectuais, cristãos e judeus, que viveram o horror da Segunda Guerra. Basta pensarmos em poetas e intelectuais tão diversos quanto a Simone Weil dos Cahiers e ainda L'Enracinement, Prélude à une déclaration des devoirs envers l'être humain (1943, publicado em 1949), a H.D. de The Walls Do Not Fall (1944), o Paul Éluard de Les sept poèmes d'amour en guerre (1944), o Salvatore Quasimodo de Con il piede straniero sopra il cuore (1946) ou o próprio Murilo Mendes de Poesia Liberdade (1947). Em um texto menos conhecido, intitulado justamente "Natal 1961", Murilo Mendes apresenta-nos uma visão distópica da sociedade de consumo que já se formava, algo tão desmascarável em tempos de Natal como celebração do comércio.


Natal 1961
Murilo Mendes


Deslocados por uma operação burocrática — o recenseamento da te­rra - a Virgem
..............e o carpinteiro José aportam a Belém.
«Não há lugar para esta gente», grita o dono do hotel onde se reali­za um congresso
..............de solidariedade.
O casal dirige-se a uma estrebaria, recebido por um boi branco e um burro cansado
..............do trabalho.
Os soldados de Herodes distribuem alimentos radioativos a todos os meninos de menos
..............de dois anos.
Uma poderosa nuvem em forma de cogumelo abre o horizonte e súbito explode.
O Menino nasce morto.



Minha relação com esta religiosidade cristã, se não aparece de maneira temática em meu trabalho, tem sido uma constante crítico-formal, por exemplo, em minha obsessão pela relação entre metáfora e metonímia, e especialmente em meu uso da sinédoque (a parte pelo todo), como refúgio possível da poesia mística em famosos tempos dessacralizados. Há pouco tempo, assisti em vídeo a uma interessantíssima palestra de Caroline Bynum, intitulada "Contradiction, Paradox, Synecdoche: Parts and Whole in Medieval Devotion", proferida no ICI Berlin: Institute of Cultural Inquiry, em que discutia, de maneira elaborada e muito mais embasada que a minha, uma questão que vem ocupando meu pensamento desde os tempos em que escrevia o livro Carta aos anfíbios (2005), no qual esta obsessão se faz presentíssima. A palestra da impressionante Caroline Bynum é descrita desta maneira:

"All religions make some use of the material to represent or lead to something beyond. But not all religions emphasize materiality to the extent that Christianity does, impelled by the doctrines of creation ex nihilo and of the Incarnation. Hence a paradox: if the Christian God is understood to redeem, not merely to transcend, the material, then corruptible, partible matter must be capable of incorruption and eternal wholeness. In her lecture, Caroline Bynum will explore one consequence of this paradox: Christianity’s insistence on material fragmentation as a way of distributing the holy, while embedding this in the idea of synecdoche. Describing first the cult of holy matter and the way in which the anxieties about decay attendant upon it are reflected in theology and reliquaries, she will then look at five wound piety (which has often been understood as erotic or proto-feminist) as an example of the devotional sense of pars pro toto."

Você pode assistir à palestra de Bynum na página abaixo:



Caroline Bynum é professora no Instituto para Estudos Avançados da Universidade de Princeton, e ainda professora emérita na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Sua pesquisa crítica move-se nos campos da teologia, religião e cultura da Idade Média. Seu livro Holy Feast and Holy Fast: The Religious Significance of Food to Medieval Women (1987) teve papel importante em trazer a discussão de GÊNERO para os estudos medievais, assim como seus livros Fragmentation and Redemption: Essays on Gender and the Human Body in Medieval Religion (1991) e The Resurrection of the Body in Western Christianity (1995) são paradigmáticos para a pesquisa sobre o História da Corporalidade.

Como disse, minha relação atormentada com a religiosidade ocidental acaba por encontrar guarida na leitura politizada que o mestre Pier Paolo Pasolini dela faz, seja em filmes como Il vangelo secondo Matteo (1964) ou nos poemas do livro L'Usignolo della Chiesa Cattolica (1954). Pasolini tem importância central para mim ainda e especialmente pela maneira como enfrentou o conflito entre religiosidade e sexualidade, como manifestações tanto políticas como místicas.


Cristo alla pace
del Tuo supplizio
nuda rugiada
era il Tuo sangue.
Sereno poeta,
fratello ferito,
Tu ci vedevi
coi nostri corpi
splendidi in nidi
di eternità!
Poi siamo morti.
E a che ci avrebbero
brillato i pugni
e i neri chiodi,
se il Tuo perdono
non ci guardava
da un giorno eterno
di compassione?


Pier Paolo Pasolini, L'Usignolo della Chiesa Cattolica (1954).

Recentemente, descobri o trabalho do holandês Gerard Reve, como escrevi aqui, que se mostra um parente espiritual incrivelmente próximo de Pier Paolo Pasolini e Hilda Hilst.

Canção da bebida

Agora é a hora de deixar de beber.
Parar de uma vez, é preciso.
Foi com certeza o bastante.
Consola-me então, ó Espírito,
nesta noite de 20 para 21 de julho de 1965,
em desespero profundo, e cercado de trevas.

(tradução de Ricardo Domeneck)

:


Drinklied
Gerard Reve


Nu moet ik van de drank af.
Het moet maar eens uit zjin.
Het is wel genoeg geweest.
Troost mij toch, o Geest,
in de nacht van 20 op 21 juli 1965,
in diepe ontzetting, en omringd door Duisternis.



Contra a "Proposição da Aposta" de Blaise Pascal, minha religiosidade sempre direcionou-se muitíssimo mais à "Proposição do Salto no Escuro" de Søren Kierkegaard e ao cristianismo atormentado de Miguel de Unamuno, como descrito no belíssimo e perturbador Del Sentimiento Trágico de la Vida (1933), tal qual se vê já em sua página de abertura, aqui em tradução de Eduardo Brandão (vê-se que Unamuno escrevia antes da intervenção de mulheres como Caroline Bynum, mas saltemos por ora sobre a invisibilidade do gênero para Unamuno e percebamos que estamos todos contidos neste "homem de carne e osso" que ele celebra):

"Homo sum; nihil humani a me alienum puto, disse o cômico latino. Eu diria melhor: Nullum hominem a me alienum puto. Sou homem; a nenhum outro homem considero estranho. Porque o adjetivo humanus me é tão suspeito quanto o substantivo abstrato humanitas, humanidade. Nem o humano, nem a humanidade, nem o adjetivo simples, nem o adjetivo substantivado, mas sim o substantivo concreto: o homem. O homem de carne e osso, aquele que nasce, sofre e morre – sobretudo morre –, que come, bebe, joga, dorme, pensa e ama, o homem que se vê e a quem se ouve, o irmão, o verdadeiro irmão." --- Miguel de Unamuno, Do Sentimento Trágico da Vida, tradução de Eduardo Brandão (São Paulo: Martins Fontes, 1996).


Este tormento encontro em outros mestres pessoais, como a austríaca Christine Lavant, de quem traduzi um único poema, mas gostaria em breve de poder oferecer mais.

Eu quero partir com os loucos o pão,
migalhas diárias do desespero grande,
também o sino em meio ao peito,
ali onde o pombo aninha-se
e tem seu refúgio minúsculo
no ermo sobre as águas.
Residi por anos como pedra
no chão das coisas.
Eu ouvi, porém, o sino
sussurrar teu segredo
nos peixes com asas.
Hei-de aprender a voar e nadar,
deixar o pedregoso sob as pedras,
aconchegar em madrepérola
a melancolia, elevar aflição, ira.
Minhas asas são mais velhas
que tua paciência, minhas asas
vão à frente da coragem
que tomou sobre os ombros o louco.
Eu quero partir com os loucos o pão,
ali no ermo assustador do pombo,
onde o sino triparte o maior desespero
ao som tríplice do teu nome.

(tradução de Ricardo Domeneck)

:



Ich will das Brot mit den Irren teilen, / täglich ein Stück von dem grossen Entsetzen, / auch die Glocke im Herzen, / dort, wo die Taube nistet / und ihre winzige Zuflucht hat / in der Wildnis über den Wassern. / Lange habe ich als Stein gehaust / am Grunde der Dinge. / Aber ich habe die Glocke gehört / leise von deinem Geheimnis reden / in den fliegenden Fischen. / Ich werde fliegen und schwimmen lernen / und das Steinerne unter den Steinen lassen, / die Schwermut betten in Perlmutter, / doch den Zorn und das Elend erheben. / Meine Flügel sind älter als deine Geduld, meine Flügel flogen dem Mut voraus, / der das Irren auf sich nahm. / Ich will das Brot mit den Irren teilen / dort in der furchtbaren Wildnis der Taube, / wo die Glocke das grosse Entsetzen drittelt / zum dreifachen Laut deines Namens. - Christine Lavant, Gedichte (Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1998).


A quem busca potência poético-mística, poucas obras comparam-se à poesia de Gerard Manley Hopkins e à crítica de Walter Benjamin.


Quatro poemas iniciais de "The Wreck of the Deutschland", publicado pela primeira vez em 1918, escrito em 1875:

1

THOU mastering me
God! giver of breath and bread;
World’s strand, sway of the sea;
Lord of living and dead;
Thou hast bound bones and veins in me, fastened me flesh,
And after it almost unmade, what with dread,
Thy doing: and dost thou touch me afresh?
Over again I feel thy finger and find thee.


2

I did say yes
O at lightning and lashed rod;
Thou heardst me truer than tongue confess
Thy terror, O Christ, O God;
Thou knowest the walls, altar and hour and night:
The swoon of a heart that the sweep and the hurl of thee trod
Hard down with a horror of height:
And the midriff astrain with leaning of, laced with fire of stress.


3

The frown of his face
Before me, the hurtle of hell
Behind, where, where was a, where was a place?
I whirled out wings that spell
And fled with a fling of the heart to the heart of the Host.
My heart, but you were dovewinged, I can tell,
Carrier-witted, I am bold to boast,
To flash from the flame to the flame then, tower from the grace to the grace.


4

I am soft sift
In an hourglass—at the wall
Fast, but mined with a motion, a drift,
And it crowds and it combs to the fall;
I steady as a water in a well, to a poise, to a pane,
But roped with, always, all the way down from the tall
Fells or flanks of the voel, a vein
Of the gospel proffer, a pressure, a principle, Christ’s gift.


Gerard Manley Hopkins, "The Wreck of the Deutschland" (1875, publicado 1918)

§


"Em toda era a luta tem que renovar-se para arrancar a tradição de um conformismo que tenta sobrepujá-la. O Messias vem não apenas como o Redentor, mas também como o Vencedor sobre o Anticristo. O dom de atiçar através do passado a chama da esperança pertence apenas ao historiógrafo perfeitamente convencido que diante do inimigo, e no caso deste vencer, nem sequer os mortos estarão em segurança. E este inimigo não tem cessado de vencer»." Walter Benjamin, Teses sobre a Filosofia da História, 1940.



Antes de encerrar com aquele que me parece o mais atormentado poema místico da poesia brasileira, "Mula de Deus", de Hilda Hilst, preparo vocês para o soco da poeta de Jaú com duas canções tão belas, a "Hallelujah" de Leonard Cohen na voz de Jeff Buckley, e "Oh Holy Night" de Josh T. Pearson, do álbum Last Of The Country Gentlemen (2011). Pearson é o ex-vocalista da banda Lift To Experience, que no primeiro ano deste século lançou seu único álbum, o fortemente místico-atormentado Texas-Jerusalem Crossroads (2001).



FELIZ NATAL A TODOS (E SALVE-SE QUEM PUDER).



§



§


Mula de Deus

I

Para fazer sorrir O MAIS FORMOSO
Alta, dourada, me pensei.
Não esta pardacim, o pelo fosco
Pois há de rir-se de mim O PRECIOSO.

Para fazer sorrir O MAIS FORMOSO
Lavei com a língua os cascos
E as feridas. Sanguinolenta e viva
Esta do dorso
A cada dia se abre carmesim.

Se me vires, SENHOR, perdoa ainda.
É raro, em sendo mula, ter a chaga
E ao mesmo tempo
Aparência de limpa partitura
E perfume e frescor de terra arada.

II

Há nojosos olhares sobre mim.
Um rei que passa
E cidadãos do reino, príncipes do efêmero.
Agora é só de dor o flanco trêmulo.
Há nojosos olhares. Rústicos senhores.

Açoites, fardos, vozes, alvoroço.
E há em mim um sentir deleitoso
Um tempo onde fui ave, um outro
Onde fui tenra e haste.

Há alguém que foi luz e escureceu.
E dementado foi humano e cálido.
Há alguém que foi pai. E era meu.

III

Escrituras de pena (diria mais, de pelos)
De infinita tristura, encerrada em si mesma
Quem há de ouvir umas canções de mula?

Até das pedras lhes ouço a desventura.
Até dos porcos lhes ouço o cantochão.
E por que não de ti, poeta-mula?

E ornejos de outras mulas se juntaram aos meus.
Escoiceando os ares, espumando de gozo
Assustando mercado e mercadores

Alegrou-se de mim o coração.

IV

Um dia fui o asno de Apuléius.
Depois fui Lucius, Lucas, fui Roxana.
Fui mãe e meretriz e na Betânia
Toquei o intocado e vi Jeshua.
(Ele tocou-me o ombro aquele Jeshua pálido).

Um tempo fui ninguém: sussurro, hálito.
Alguém passou, diziam? Ninguém, ninguém.

Agora sou escombros de um alguém.
Só caminhada e estio. Carrego fardos

Aves, patos, esses que vão morrer.
Iguais a mim também.

V

Ditoso amor de mula, Te ouvi murmurando
Ó Amoroso! Ditoso amor de mim!
Poder amar a Ti com este corpo nojoso
Este de mim, pulsante de outras vidas
Mas tão triste e batido, tão crespo
De espessura e de feridas.

Ditoso amor de mim! Tão pressuroso
De amar! (E de deitar-se ao pé
De tuas alturas). Corpo acanhado de mula

Este de mim, mas tão festivo e doce
Neste Agora
Porque banhado de ti, ó FORMOSURA.

VI

Tu que me vês
Guarda de mim o olhar.
Guarda-me o flanco.
Há de custar tão pouco
Guardar o nada
E seus resíduos ocos.

Orelhas, ventas
O passo apressado sob o jugo
Casco, subidas
Isso é tudo de mim
Mas é tão pouco...

Tu que me vês
Guarda de mim, apenas
Minha demasiada coitadez.

VII

Que eu morra junto ao rio.
O caudaloso frescor das águas claras
Sobre o pelo e as chagas.

Que eu morra olhando os céus:
Mula que sou, esse impossível
Posso pedir a Deus. E entendendo nada
Como os homens da Terra
Como as mulas de Deus.

VIII

Palha
Trapos
Uma só vez o musgo das fontes
O indizível casqueando o nada

Essa sou eu.

Poeta e mula

(Aunque pueda parecer
Que del poeta es locura).


(Hilda Hilst, Estar sendo. Ter sido. São Paulo: Nankin, 1997)



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Um comentário:

Marcus Fabiano Gonçalves disse...

Querido Ricardo,

Que ótimo esse texto! Curiosa essa sua "confissão", pois identifico desde o seu Carta aos Anfíbios essa sua lida cautelosa com a dimensão anagógica, tão mais difícil quanto mais distante da militância mística dos convertidos.

Fico muito contente ao ver que vendo isso em Hilda Hilst, você alcança uma compreensão madura do barroco mais sofisticado que, de Angelus Silesius à poesia mística dos dervixes, forma grande parte do patrimônio imagético da poesia universal. Afinal, não importam as crenças, se é da ideia de deus que se fala. Creio que a Hilda Hilst dizia algo mais ou menos assim.

um abraço já de feliz ano novo do

Marcus Fabiano

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